domingo, 7 de julho de 2019

Aquecimento do Apátrida Global

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Chegou o Verão que não nos prometeram,
O Outono é sempre uma eterna promessa,
Chegou um Inverno que todos esconderam,
      Não há primavera que chegue tão depressa!...


É o cientista tão terno,
É o político tão verdadeiro,
É o aquecimento global um inferno,
    Não há estação que resista ao dinheiro;
Aquecem o clima pelo clima de poder,
Para os aldrabões que chegam primeiro,
Cegamente, todos os seguem sem saber,
Sentem as orelhas e os bolsos a arder,
Incendiados pelo plano financeiro,
 E sabendo que os estão a foder,
     São enrabados pelo banqueiro,
          E assim ardem até morrer!...

Foi o fogo ateado,
Por mãos de incendiários,
Dizem-se eles revolucionários,
Em cada um há um herói pré-fabricado,
Não há quem salve este Portugal incendiado,
     Dos traidores apátridas, os piores dos ordinários,
       E continuam a paliar o forte cheiro a queimado,
        Deste nacional jardim à beira mal plantado,
            Os lesadores da Pátria, hereditários!...


Um dia, sentirás no coração,
A tua terra, sobre a qual caminhas,
Contemplarás o céu azul, beijando teu chão,
Saberás que valeu a pena a verdadeira revolução,
   Que te devolveu o orgulho dos pais que tinhas!...
 

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domingo, 23 de junho de 2019

Hífen... talvez!...

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Talvez as ruas flutuassem,
Talvez os caminhos se fizessem mais leves,
Talvez os passos à volta de tudo gravitassem,
Talvez a eternidade fosse tão breve,
Efémera quanto o…
Talvez!...

Sem alento,
Num hiato perdido no tempo,
Perde-se um pontapé desiludido,
Interstício triste para um lamento,
Talvez feito hífen por Deus ungido,
Num pedaço de tempo escondido,
Entre a cor de um olhar alvacento,
    E as cores de um olhar perdido,
Olhar perdido, quanto o…
Talvez!...

Talvez me preencha o leve espaço,
Do qual me preencho com languidez,
Sinto-me rua atravessada pela timidez,
E timidamente flutuo entre um abraço,
Que gravita nos braços do que não faço,
     Fazendo-me mundo sem nome, talvez!...

Desanimado,
Percorro-me neste estado de alma,
Flutuo entre o vosso mundo desalmado,
E o olhar do meu voo calmamente revoltado
     Que sobrevoa meu próprio voo com calma!...

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