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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Olhos de outro Olhar de outros Olhos

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Olhos cinzentos atrás de olhos cinzentos,
Já foram azuis, verdes, castanhos e albinos,
Olhos que viram a cor de muitos tormentos,
Umas vezes muito frios,
Das suas cores vazios,
Despigmentados de profundos sentimentos,
Tão profundos quanto os belos olhos divinos,
Olhos de qualquer cor, mas sempre cristalinos,
Talvez lhes houvesse um brilho por momentos,
Vindo do mais brilhante entre os destinos,
Ás cores de olhos tardios,
Cedo, de efeitos sombrios,
Se fizeram sombra de olhares repentinos,
Olhares perdidos entre perdidos pensamentos,
Algures, em jardins de floridos olhos femininos,
Onde os homens acontecem sem fundamentos,
   Olhos e olhar em desvarios…
Olhos delirantes em seu olhar de negritude,
Febris em seu olhar por outras cores coloridos,
Mas, da cor de seus próprios olhos desprovidos,
Como se se a verdadeira cor fosse inquietude,
Transformado olhar de sossegada atitude,
   Das cores do seu sossego despidos,
Travestidos de falsa virtude…
Inferno de olhos vadios,
   De causar arrepios!...

Estes olhos não são meus,
Lembro-me de os ver em ti,
Esses olhos não são os teus,
 Os olhos com que nunca vi,
  Aos meus olhos de Deus!...
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sábado, 3 de agosto de 2013

DiVerso Agosto d'Alma

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Este calor que abafa o discernimento,
É anaeróbio efeito perfeito de agosto,
Entre asfixiantes virtudes entreposto,
Em tentativa de fuga ao ensinamento,
Tentando o inalcançável entendimento,
Através da estrutura perfeita do rosto,
    Frígido de intencional arrefecimento!...

A virtude é um cubo em arestas de gelo,
Ausentes das paredes que o sustentam,
Com ângulos de perspectivas sem apelo,
E o ângulo flexível de quebrado cotovelo,
Dores fortes que os soníferos aguentam,
Fazendo de conta que contas inventam,
    Pertinaz o empenho de tão obscuro zelo!...

Entre Krystais, vêm envoltos em calma,
     DiVerso, A.braços e os estados d’Alma!...

Pobres poetas e outros miseráveis,
Caminham nos abraços da conivência,
-Nunca lhes caem os braços,
Nem o labéu-
Comungam do divino pão que se bifurca,
Chafurdam em vinhos de sangues misturáveis,
Aflorados no rosto de irresistíveis aparências,
Entre acordos tácitos de egoísta convergência,
Essa subtileza manhosa que o incauto deturpa,
Desfigurando a virtude dos defeitos louváveis,
-Sempre vinculados aos laços,
E às promessas do céu-
O efeito do defeito em virtudes reprováveis,
Que a violência intrometida do verbo usurpa,
Visando os fins dos princípios que conspurca,
Os mesmos princípios de redita persistência,
-Submissos sucessos de cu ao léu,
Enrabados por fracassos-
   Repetindo-se em anáforas de contingência!...

Mas, este é só mais um mês de Agosto,
Mês de poucas virtudes… e muitos defeitos,
As férias da denúncia e a surpresa de novos conceitos,
O silêncio da confissão atroz desconhecida no rosto,
Bem conhecida dos propostos a cargos escorreitos,
Longe dos gritos de tristeza e alegre desgosto,
     Fim inacabado dos krystais imperfeitos!...

Também este Agosto é mês de krystal,
Será sempre DiVerso de todos sem preconceitos,
Será o perfeito defeito da virtude natural…
Ou apenas mais um defeito revelado de Agosto,
    Na virtude de um Poema… sem rosto?!...
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sábado, 9 de fevereiro de 2013

Atrás do Rosto

 
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Socorro!...
Quero de volta o rosto mil e tal,
  Não é meu este carácter número um!...
   Acudam-me!...
Devolvam-me o efeito social,
Que acabe com este mal,
De ser ninguém,
No rosto de alguém,
Com sorriso leal,
Olhado com desdém,
Pela hipocrisia comum,
Que faz valer de nenhum,
O verdadeiro e original!...
Por favor!...
Deixa-me ser-te,
Ser-me vendaval,
Vento de todas as cores,
Máscara de teus amores,
Merecer-te…
Ser teus mil rostos interiores!...

Socorro!...
Onde está meu verdadeiro rosto?!...
Aliviem-me os elásticos desta vantajosa tara,
Procurem bem debaixo do meu desgosto,
Vejam atrás de meu lado mais exposto,
Para que possa por mim dar a cara!...
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