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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Olhos de outro Olhar de outros Olhos

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Olhos cinzentos atrás de olhos cinzentos,
Já foram azuis, verdes, castanhos e albinos,
Olhos que viram a cor de muitos tormentos,
Umas vezes muito frios,
Das suas cores vazios,
Despigmentados de profundos sentimentos,
Tão profundos quanto os belos olhos divinos,
Olhos de qualquer cor, mas sempre cristalinos,
Talvez lhes houvesse um brilho por momentos,
Vindo do mais brilhante entre os destinos,
Ás cores de olhos tardios,
Cedo, de efeitos sombrios,
Se fizeram sombra de olhares repentinos,
Olhares perdidos entre perdidos pensamentos,
Algures, em jardins de floridos olhos femininos,
Onde os homens acontecem sem fundamentos,
   Olhos e olhar em desvarios…
Olhos delirantes em seu olhar de negritude,
Febris em seu olhar por outras cores coloridos,
Mas, da cor de seus próprios olhos desprovidos,
Como se se a verdadeira cor fosse inquietude,
Transformado olhar de sossegada atitude,
   Das cores do seu sossego despidos,
Travestidos de falsa virtude…
Inferno de olhos vadios,
   De causar arrepios!...

Estes olhos não são meus,
Lembro-me de os ver em ti,
Esses olhos não são os teus,
 Os olhos com que nunca vi,
  Aos meus olhos de Deus!...
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