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Este calor que abafa o discernimento,
É anaeróbio efeito perfeito de agosto,
Entre asfixiantes virtudes entreposto,
Em tentativa de fuga ao ensinamento,
Tentando o inalcançável entendimento,
Através da estrutura perfeita do rosto,
Frígido de intencional arrefecimento!...
A virtude é um cubo em arestas de gelo,
Ausentes das paredes que o sustentam,
Com ângulos de perspectivas sem apelo,
E o ângulo flexível de quebrado cotovelo,
Dores fortes que os soníferos aguentam,
Fazendo de conta que contas inventam,
Pertinaz o empenho de tão obscuro zelo!...
Entre Krystais, vêm envoltos em calma,
DiVerso, A.braços e os estados d’Alma!...
Pobres poetas e outros miseráveis,
Caminham nos abraços da conivência,
-Nunca lhes caem os braços,
Nem o labéu-
Comungam do divino pão que se bifurca,
Chafurdam em vinhos de sangues
misturáveis,
Aflorados no rosto de irresistíveis
aparências,
Entre acordos tácitos de egoísta convergência,
Essa subtileza manhosa que o incauto
deturpa,
Desfigurando a virtude dos defeitos
louváveis,
-Sempre vinculados aos laços,
E às promessas do céu-
O efeito do defeito em virtudes
reprováveis,
Que a violência intrometida do verbo
usurpa,
Visando os fins dos princípios que conspurca,
Os mesmos princípios de redita
persistência,
-Submissos sucessos de cu ao léu,
Enrabados por fracassos-
Repetindo-se
em anáforas de contingência!...
Mas, este é só mais um mês de Agosto,
Mês de poucas virtudes… e muitos
defeitos,
As férias da denúncia e a surpresa de
novos conceitos,
O silêncio da confissão atroz
desconhecida no rosto,
Bem conhecida dos propostos a cargos
escorreitos,
Longe dos gritos de tristeza e alegre
desgosto,
Fim inacabado dos krystais imperfeitos!...
Também este Agosto é mês de krystal,
Será sempre DiVerso de todos sem
preconceitos,
Será o perfeito defeito da virtude
natural…
Ou apenas mais um defeito revelado de
Agosto,
Na virtude de um Poema… sem rosto?!...
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