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segunda-feira, 4 de março de 2013

Nabos.2 (Nabos Zarelhos)

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...e lá foram os nabos,
A caminho do nabal,
Bravos como diabos,
   Sinais de algum sinal!..

Partiram com grande alarde,
Decididos e sempre prontos,
De peito feito aos confrontos,
Barriguinha cheia e lá pela tarde,
Chegaram quentes como quem arde,
     Entre lume no olho de zarelhos tontos!...

A imaginação quer-se muito bem regada,
Como as abundantes chuvas nos nabais,
Manifestaram-se fotos entre os rurais,
E alguma graça que se manifestava,
Contra a igualdade que não dava,
      O muito do que fora demais!...

E lá se juntaram muitos magotes,
Fortes palavras de nabos fracotes,
Abertos a sorrisos sempre apostos,
Aos criativos lemas bem propostos,
Nas mamas dos descarados decotes;
Com lindas canções sobre impostos,
Desfilaram poemas e muitos motes,
    Regressaram todos bem dispostos!...

...e lá regressaram os nabos,
Ao quente sol do seu nabal,
Macios como ternos diabos,
    Nabos muito nabos por sinal!...
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sexta-feira, 1 de março de 2013

Nabos


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Um nabo já sem terra nos dentes,
Enterrou os olhos no seu pequeno quintal,
Quando outro nabo divulgou pequenas sementes,
Entre as pequenas mentes do seu nabal,
Choveram promessas;
Entrementes,
Na superfície lisa dos crentes,
E submersão das eiras,
Expostas a um sol desigual,
Que aquecia círculos de peneiras,
      Outro sol cozia nabos de Portugal!...

Ninguém viu os ventos,
Nas sementes prescritas,
Nem invernos violentos,
Antes dos frios cinzentos,
     Das primaveras malditas!...

Fizeram-se bonecos de neve,
Para morrerem de frio,
Há um desaparecido no nevoeiro,
Á procura da morte pelo que não deve,
Sem encontrar a cor do dinheiro;
Derretem bonecos e sorrio,
Vejo um desaguar leve,
    Nas lágrimas do pranto…
                                                          E rio…!

Que deus me perdoe!...

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