quinta-feira, 25 de maio de 2017

Sal do Prefácio e da Vastidão

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Escrevendo-me nos vastos prefácios do mar,
Fiz-me cada oceano das palavras navegáveis,
Da vastidão, fiz-me minúsculo para desaguar,
Nas frescas fontes onde tu te pudesses saciar,
   Fontes tuas, de tua sede, sempre insaciáveis!...

Escrevendo-me com minhas palavras salgadas,
Em barcos de papel, onde eu queria que fosses,
Fiz-me verbo escoado de lágrimas naufragadas,
Signifiquei-me em palavras de águas desejadas,
    Fazendo-me um imenso mar de palavras doces!...

Já não sou imenso nem sou mar contemplado,
Não sou o sal no prefácio azul das águas vastas,
Sou a falésia e a contemplação do mar passado,
Sou regato feliz percorrido por  palavras gastas,
   Palavras sempre frescas por ter-te encontrado!...

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2 comentários:

  1. Na verdade relativa
    as sementes hoje começam a ser transgénicas
    e os melros anónimos

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    Respostas
    1. Quanto à semente...
      Aqui, numa das freguesias da região, Penajóia, a estória da cereja envolve melros e uma chumbadas para que não fosse "arrear" a semente da cereja que comeu, em terra alheia!... Por uma questão de preservação da grande qualidade!... Mas, há sempre um melro que escapa e "arreia" a semente em qualquer lado!...
      Já não há mais melros como antigamente... nem cerejas!...

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