Esconde-se em meu calor escondido,
Língua de fogo por beijos de fogo lambido,
Que nem me inquieta nem me acalma!...
Este calor que envolve meu corpo,
É desejo languinhento de animal suado,
Ardendo no olhar de um seboso pecado,
Porca sensação de sentir-me um porco!...
Derretem-se-te palavras sem alarde,
Arde-me a alma nas línguas do inferno,
Trespassando-te pelo espeto que arde!...
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Boa noite, poeta d'Alma!Poema e imagem bem ilustrativos do calor da tentação ao pecado da carne.
ResponderEliminar«Derretem-se-te palavras sem alarde,
Arde-me a alma nas línguas do inferno,
Trespassado pelo espeto que arde!...»
Invulgarmente perfeito.
Saudações poéticas.
O uniVerso em chama, reclama, o poema “Calor” inflama e d’Alma proclama, convergindo entre expressão e conteúdo, na história que não é de contrição, o que ele próprio preconiza: incendiar versos e almas.
ResponderEliminarAs sensações visuais predominam. Entre o céu e o inferno, o cenário é de fogo e de pecado, sem ser de paixão.
De efeito e de uma expressividade que dispensam elogios, os versos contêm toda a força da imaginação, mantendo a serenidade mesmo diante das catástrofes. O ato poético é também heróico e serve de fonte inspiradora ao poema que reflete na natureza poética a vida retirada da vida, e impedindo assim, que as brasas remanescentes de um incêndio se inflamem.
Os versos não oscilam entre sombra e luz. À convergência de uma moral, a confissão. Antes condenado, à absolvição, ou à espera que alguém que possa apagar o fogo. Que não da paixão, mas da razão, de não se ter razão.
O caminho, ainda que DiVerso, é de luz, porque a poesia é d'Alma.
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Lindo poema!
Maldito fogo que escorre no sangue do tempo, ardendo, vociferando as horas abafadas no grito silêncio das águas que inundam os corpos dos amantes...
ResponderEliminarUm beijinho
da
Assiria