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De nariz no vidro, apareceu do nada espavorida,
Todinha vestida de indutoras frescuras
brancas,
Adivinhava-lhe rendas íntimas e uma
sedutora liga,
Entre a meia-idade das ainda capazes
coxas, perdida,
E outra de um branco sujo, exalando ácido
de potrancas,
Compradas,
avulso, na lembrança sedutora daquelas ancas!...
Notava na brancura carnes amolecidas,
E sais de banho das fragrâncias
silvestres,
A espuma curiosa das certezas perdidas,
Escoadas no ralo das traições cometidas,
Pelos descansados enganos dos trimestres,
Alcovitados na nobreza de passeios
terrestres,
Esses ínvios caminhos das mansões prometidas!...
Foram sempre os ventos da serra,
Que erigiram as metrópoles serranas,
Pela caridade de remeladas pestanas,
Esses cadeados de olhos sem paixão,
Caídos nas raízes dos abrolhos da terra,
Que cegos para o amor e para a guerra,
Cavavam a paz entre as pedras soberanas,
E a encrespada pele de sapo do vento
suão;
E foi esse fustigar, atestado de
recomendação,
Que os ensinou a lavrar o papel que ainda
os ferra,
Com toda a raiva do plexo de originárias
membranas,
Enterradas no anonimato migratório da tentada elevação!...
Afinal, as serras também são
cosmopolitas,
E os carros brancos não escrevem sobre
granitos,
Migram entre cores indecifráveis de
círculos eruditos,
Permanecendo na raiz de sempre dos
abrolhos eremitas,
Que os prende às terapias das ricas e estimadas
escritas,
Remédio de amor dos aprisionados sítios
benditos!...
A metrópole das serranias,
Cava calos no corpo humano,
Desenterra rústicas fantasias,
E cultiva familiares simpatias,
No recato do povo serrano!...
A moçoila de branco escorreito,
De nariz bem colado aos vidros opacos,
Procura pedras de ouro no sonho desfeito,
E amor no reflexo dos seus espelhos fracos!...
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