quarta-feira, 8 de maio de 2013

49

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O tempo não dá garantias do 51 existir…
Por um curto instante,
Os 48 são de uma passagem irrelevante,
E os maravilhosos 16 ainda parecem sorrir,
Sorriem à ânsia dos 17 pela maioridade prestes a vir,
E veio!...
Seguiu e deixou pelo meio,
O seguir sempre em frente,
Seguido por um incerto anseio…
De repente,
O 19 passou muito rente,
E com os mais de 20 já sem freio,
Enlace aos 24 e mais uma data de brilho,
Passando, passamos a ser um três sorridente,
    E quatro quando o 28 foi ano de mais um filho!...
Vieram os 30 portadores de um certo receio,
Não se fez esperar um 31 aparente,
E os que vieram a seguir,
Seguiram adiante,
O charme dos 40 não era de excluir,
Depois dos 44 foi tempo de assumir,
Tal como o 45, o 46 foi importante…
Já em ritmo de passeio,
O 47 mostrou-se número que não mente,
Assim, de repente,
Escrevo sobre estes números que leio,
Leitura que passa pelo tempo evidente,
E, sem precisar que alguém mo prove,
Ainda antes de um 50 latente,
Recebo de presente,
   Um autêntico 49!...
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3 comentários:

  1. E todos os anos se fizeram presentes à presença do presente-poema. Como prenda de autoconhecimento, mas também de revelações, o poema representa um mergulho na própria história de vida, e, como toda retrospectiva, o que conta é a profundidade, ou a intensidade dos instantes vividos, numa conta de somar onde se incluem os momentos mais decisivos, e mesmo aqueles onde, a ansiedade e a insegurança também tiveram sua influência ao presente que se situa no tempo quando é o próprio tempo quem habita o presente. Ou a prenda.

    Dotado de uma sensibilidade a favor da disciplina, ou da metodologia, tudo em “49” é poético. A vida, o meio, o crescimento, o desenvolvimento, o conhecimento, e até o aprimoramento, conservam sua importância num tempo em que não existem fronteiras, nem áreas de limitações. A consciência da fugacidade preserva o componente da habilidade que permite à poesia a liberdade de resgatar a felicidade da sua própria existência.

    Sem ser matemático, ou contador, nem aceitar títulos de poeta ou escritor, a poesia está presente. Senão como estilo literário, como um caminho. E a vida caminha junto com os versos. Ou com os números. Como fonte de experiência numa conta que mais soma que subtrai, e mais multiplica que divide. E como toda conta, resulta num saldo. Positivo e verde. Verde em chama de uma esperança que se acende numa luz intensa, e que, a cada novo poema reluz beleza e lucidez. Dos dias.



    E de repente desejar “Felicidades” é tão pouco... Parabéns, A.!

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  2. As idades e as histórias de vida.
    Parabéns!

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  3. Sábios versos entre números de uma vida recheada.
    Gostei.
    Parabéns poeta.

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