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Beijam, diamantes, o ouro do diadema,
Beijam-se as pedras preciosas também,
Nenhuma palavra é de riqueza suprema,
Rica é a palavra que todo o amor contém,
A poesia engrandece-se de tão pequena,
Todos os versos de amor num só poema,
Toda a riqueza numa só palavra… Mãe!...
Poderia comparar-te à mais bela flor,
Queria falar de toda a tua beleza,
Falar de ti é falar de amor,
E toda a pureza,
Que flor alguma tem,
És a mais cândida certeza,
Do amor que sabes dar tão bem,
Nossa indiferença é a tua única dor,
Teu único sofrimento é a nossa frieza,
Somos filhas de quem um filha única tem,
Filhas tão tuas e de mais ninguém,
Proteges-nos com fervor,
Com teu amor de Mãe!...
Mas, somos tão filhos da mãe,
Tão filhos da mãe que não nos criou,
Nossos filhos, de nós, ficam tão aquém,
Criamos nossos filhos que se criam com
desdém,
E os filhos que devíamos ter sido, a
ingratidão nos levou!...
Hoje, sou Mãe,
Fui filha e filha sempre serei,
Sou uma filha do amor, também,
Meu amor que de ti pouco sei!...
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