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Tudo, meus olhos quiseram possuir,
Quiseram ser vistos por todo o olhar,
Que todos os olhos me vissem viajar,
Por esse mundo fora, sempre quis ir,
Ver os outros olhos verem-me partir,
Vê-los
invejosos ao verem-me voltar,
Logo partindo, para continuar a vir!...
Continua minha satisfação insatisfeita,
E não sei qual a razão dessa miragem,
Tudo foge deste olhar que se estreita,
Há um olhar meu que me espreita,
Bem dentro de mim,
Desconhecido jardim,
Vou para fora de meu ser em viagem,
Há uma saudade que comigo se deita,
Há uma saudade que comigo se deita,
Viajamos fora de nós, de passagem,
Aproximo-me do fim,
E volto vazio de tudo, sem bagagem,
De olhar vazio, sem a viagem perfeita,
Enche-se, meu olhar, de coragem,
E
comigo se deita,
Viajando…
assim!...
...tão perto eu estive do que era,
Do vivo regato que em mim vive,
Onde bebe, eterna, a Primavera,
Saciando-me como eu o quisera,
Onde bebe, eterna, a Primavera,
Saciando-me como eu o quisera,
Procurei-me
onde nunca estive,
Na Alma onde sempre estivera!...
Viajo agora por mim adentro,
Numa viagem onde me confesso,
Numa viagem onde me confesso,
Descubro a minha Alma no centro,
Viagem sem partida nem regresso!...
Viagem sem partida nem regresso!...
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