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Neste maldito inferno frígido de
diabólico calor,
Vi com estes olhos que muito vinho têm
bebido,
As chamas violaram as águas de um rio
perdido,
Um grande fogo apagado, esse infernal
estupor,
Atravessar rios a nado e deixar um sabor
ardido,
Incendiou frescas águas e levou consigo o amor!...
Quisera o rio encher-se com o sal das
marinhas,
E ser atravessado pelas ardentes sereias
ufanas,
Enchera-se de sol, de sal e areias muito
fininhas,
Seriam os seus lábios beijados por doces
rainhas,
Abriram-se ao fogo, as suas margens
mundanas,
Mas, a nado veio o fogo do nada,
Levou o inferno à vaidade afogada,
Desse rio que foi ardendo num mar de
chamas!...
Há uma pequena enseada,
Há enseadas calmas e sozinhas,
Passam as doces águas calminhas,
O rio beija a quente areia enamorada,
Acaricia-a com suas águas fresquinhas!...
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Cá vim ver versos desenhados na geometria do poema, criando um cálice onde quem quiser beber até pode comungar, digo eu :)) Abçs
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