sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Tempo de Ler-te


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É tempo de ler os livros que nunca li,
É tempo de abrir-me e aprender contigo,
Não sei se é tempo de encontrar o tempo que perdi,
Não sei se vou a tempo de ver o tempo que nunca vi,
É tempo de abrir tuas folhas e folhear-te comigo,
É tempo de seres livro que lê o que digo,
Não sei se é tempo meu que de ti,
   É o tempo que eu persigo!...

Tuas folhas que eu nunca virei,
As folhas que em branco se escreveram,
São folhas brancas onde as palavras se esconderam,
Procuro em tuas páginas o que tanto de ti nada sei,
Não sabendo se dentro de ti, te encontrarei,
Entre as palavras que se perderam,
  Palavras com que não fiquei!...

Quero-te livro aberto à minha leitura,
Quero que sintas cada palavra que de ti leio,
Tuas palavras sejam minha pronúncia em teu seio,
E te cubram, tomando teu corpo com ternura,
E se, porventura,
O prazer em ler-te que tanto anseio,
Puser fim ao fim de minha procura,
O teu fim será o melhor meio,
De ser esta minha sã loucura,
    De voltar a ler-te sem receio!...
                                                                
É tempo de continuar a escrever,
Este mesmo livro que nós somos,
E não sei se haverá maior prazer,
De sermos o que sempre fomos,
     Livro irresistível à vontade de ler!...
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2 comentários:

  1. Vc continua divina quando está inspirada assim. Quisera voce abrisse todas as janelas do seu Eu pra descobrir a mulher maravilhosa que voce é.

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  2. “Tempo de Ler-te” é uma resposta do tempo à intimidade: “É tempo de abrir-me e aprender contigo,”. Pensar a intimidade neste Poema é partir da liberdade até alcançar a confiança conquistada através do Amor e do respeito. Um Poema de efeito com uma temática envolvente: a consagração do tempo.

    Há linhas em branco clamando para serem escritas, e páginas escritas desejando ser apagadas. E há canetas mágicas escrevendo um Poema de Amor na pele da amada. Linhas convergentes, acentos gráficos servindo de sombra e tinta fluorescente iluminando a travessia para onde os amantes d’Alma desejam repousar.

    Também há a Poesia que transcende a contemplação na dinâmica da evolução.


    Bom domingo.

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