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Eu era a única árvore branca do arvoredo,
Até à tranquilidade fria do dia em que
nevou,
A frieza branca da neve, minha brancura
levou,
Tanta é a brancura de gelo a gelar-me de
medo,
Agora tudo é branco e já não sei o que
sou!..
Vou desaparecendo e não me reconheço,
Sou envolvida no abraço frio deste manto,
Sinto-lhe o frio em meus braços e
arrefeço,
É por tão serena brancura que eu
escureço,
Sinto desvanecer-se meu olhar tão branco,
E vendada pelo branco silêncio, adormeço!...
Depois, permite a brancura sonhar,
Sonhar que frescas lágrimas cintilantes,
Brilham ao longo do meu fresco despertar,
Derrete-se o manto branco ao sol a
chegar,
Sou a única árvore branca como era antes,
Feliz pela neve que volta para me abraçar!...
.Feliz pela neve que volta para me abraçar!...
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