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As parturientes,
Cerram os dentes,
Sem saberem que não vão parir,
A estéril parteira não para de rir,
Vê terra fértil vazia de sementes,
E fértil em iludir,
Anuncia o florir,
De vetos latentes,
Prestes a eclodir!...
Só queria que tua alma me visse,
Com os mesmos olhos com que te vê,
Olha o pedacinho de terra no meu porquê,
Só queria a semente que de ti em mim
surgisse,
Que fosses a resposta merecida, à minha
mercê,
E, crescendo à mercê do meu sorriso, sorrisse!...
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Wallpaper e Versos travam entre si um diálogo de transformação. Ou germinação. E essa convivência, convertida em Arte, possibilita ao Poema “Veto do Parto”, sem significar apologia ao aborto, como princípio temático, diversas leituras, e sejam elas contemporâneas ou não, poéticas, literárias ou, simplesmente, pertencentes ao campo científico da botânica.
ResponderEliminarA terra trabalhada. O poder da luz... Um campo fértil de imaginação e comum à associação de frutas e frutos sadios e férteis ao amor e à Poesia. Assim, a sensibilidade e a crítica agregam valor à Poesia d’Alma a partir do instante em que A. Pina trabalha com a diversidade do mundo natural, e um jardim, inteiro, floresce [“Só queria que tua alma me visse, / Com os mesmos olhos com que te vê,”]. Semente e verso remetem à perfeição da natureza, como ideia de amadurecimento entre palavra e fruto da vida natural: Olhar para o outro como a si mesmo. E ver crescer o Amor [“E, crescendo à mercê do meu sorriso, sorrisse!...”].
Bom fim de semana.