.
.
.
Para ser feliz,
Só tinha todos os momentos de cada dia,
Achava que não merecia,
E foi por um triz,
Que em vez de ser o que quis,
Viveu triste como queria…
Deus estava-lhe cravado no sofrimento,
Jesus Cristo era um exemplo que a
decorava,
Não tinha a certeza se era a sua morte
que adorava,
Ou tristeza de viver a morte a cada
momento,
E, abraçada ao seu tormento,
Ali ficava…
Rezando sobre duas chagas de joelho,
Dedicando suas lágrimas à água benzida,
Ao amargurado silêncio do seu
espelho,
Que
reflectia o triste rosto de sua vida!...
Mas as lágrimas, Senhor…
As lágrimas que não a deixavam ver!...
Era tanto o Amor,
Mas as lágrimas, Senhor…
As lágrimas que não a deixavam ver!...
Era tanto o Amor,
A dedicação à dor,
O doloroso entardecer,
A languidez do louvor,
O macilento amanhecer…
E, sem o saber,
A esperança e o temor,
Sempre à beira de enlouquecer,
Com a fé na amargura do dia seguinte!...
.
.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário