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Com os meus sonhos por sonhar,
Nesse teu sorriso que não adivinhei,
Despertam as manhãs com que sonhei;
Fui adormecer sem sonhos no teu despertar,
Só queria metade dos nossos dias que eu te
dei,
Para nossas noites que me deste, poder eu te dar!...
Foram todas as nossas noites, dias até ao
anoitecer,
Amanhecíamos em nós com o sorriso que
amanhecia,
Talvez fosse a nossa felicidade vinda de nós, a acontecer,
Foram todos os nossos dias, dias de sol
até ao amanhecer,
Aquela nossa mais bela noite beijando nosso mais curto dia!...
Como contar os dias, se eram noites felizes do que acontecia?!...
Apenas o calor dos nossos corpos e a luz
em olhos de prazer,
Como contar noites se na noite dos teus
olhos, dias eu vivia!...
Sonhos
que dormem longe do Sol e tão perto da Lua,
E só o Sol ilumina os sonhos que se
querem iluminar,
Caminha uma só sombra solitária à meia-noite
na rua,
Não há em seus olhos solitários qualquer eclipse solar!...
Não há em seus olhos solitários qualquer eclipse solar!...
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A fronteira entre a realidade e a Arte é evidenciada neste Poema pelo desdobramento do eclipse. Ensejando a surpresa da recepção da luz, d’Alma sai da escuridão e entra na luz, e escreve um Poema onde a realidade e o sonho convivem em comunhão e em harmonia.
ResponderEliminarE a Poesia ganha aura, onde a diversidade temática e a riqueza lírica dialogam na santidade da Arte à fusão dos dois mundos.
Bom domingo.