quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Asas do Pensamento

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Nem sempre as asas acompanham o voo do pensamento,
Pássaros que já não sabem porque se esqueceram de voar,
  Esvoaçam sobre o silêncio do céu sem o azul encantamento...
Há nuvens dispersas desvanecidas por não saberem chorar,
 O retrospecto infinito dos olhos onde o Sol deixou de brilhar,
 Voa com as penas fragmentadas no voo do deslumbramento,
Transparece de fascínio a liberdade que seca no afastamento,
Das asas e dos leves corpos livres sem força para desanuviar,
O mistério que paira entre o desejo de voar e o voo cinzento,
  Asas etéreas que do mistério da Alma não se sabem afastar!... 


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3 comentários:

  1. Um voo que é mais interior...que é uma escoberta do "eu"!

    Tinha saudades tuas...
    Vim ver-te!
    Bj
    BS

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  2. As asas. O voo. E a natureza. As asas são o símbolo da liberdade. O voo representa a imaginação e a natureza o ambiente, favorável, ou desfavorável, à construção e ao acolhimento dos desejos. Entre o meio ambiente e o desejo, a liberdade de voar: o poema. Do pensamento à reflexão, o julgamento, e a ação. A possibilidade de superação dependente do voo como experiência da realidade: a poesia. Revela limites e aponta dificuldades. Demarca espaços para que todos possam usufruir da liberdade.


    [Tenho dificuldade com temas relacionados à liberdade, ou às asas. Preconceito. Limitação. Não sei. O que não significa dizer que não aprecio o voo. Claro que sim. Apenas, por uma questão de vivência, ou opção, ou sobrevivência, ou seja lá onde isso vai me levar, prefiro o pouso.

    Como leitora não me basta conhecer, ou reconhecer, os recursos que você utiliza na construção de um poema. Eu quero a expressão. Ou busco a expressão, o caminho, a sensação. O conhecimento e a razão. Defesa ou acusação. Não importa. O pouso, ou o voo, d’asas, emprestadas, ou alugadas, que vai me passar a ideia, gostosa, de que o uniVerso poético também, de alguma forma, uma vez que o experimentei, é meu.]


    Criativa, renova as metáforas sem almejar o vínculo com a simbologia. Sensitiva, não exige nada, nem a contemplação: voa.

    Sempre.


    ¬

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  3. gostei muito deste poema pela sua leveza (na escrita) e pela sua simplicidade (escondida).

    mas, gostei também pelo facto de, poder ler também de baixo para cima, que não lhe tira o sentido.

    um exercício de leitura que gosto de fazer nalguns trabalhos.

    a foto foi muito bem escolhida.

    bom domingo!

    um abraço

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