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Aquele magro rosto cansado,
De uma pálida serenidade natural,
Adormeceu na tristeza de um leito fatal,
Entristecido pela beleza de um Outono sulcado,
Na despedida serena de um derradeiro adeus finado,
Pintado nas cores caídas daquele sorriso final!...
Uma imagem caída de Outono,
Despedida de qualquer desejo sem dono,
Abandonada ao vento frio que parado a acaricia,
É inerte imagem adormecida de uma memória sem sono,
Finalmente despojada da insónia que sobre cetim adormecia,
Eterno repouso branco da infalível e sempre eterna profecia,
Sepultada na crença ressuscitada de predições ao abandono,
Das cores verdes da primavera emprestadas num assomo,
De Esperança na esperança de ter vivido mais um dia!...
Uma lágrima de cera liquefeita,
Jaz na queda de uma folha desenhada,
Nas últimas linhas de uma página desfeita,
Tangida pelos sinos em despedida imperfeita,
Dobrando pelo lúgubre fim daquela folha rasgada,
Um pedaço de terra indiferente caída da lágrima cavada,
Que a cera de hora sem tempo ao fim do tempo foi sujeita;
Voam pássaros negros numa interrompida lágrima congelada,
Pairando no vazio do nada que no nada dos olhos se deita!...
Envolta em silêncio jacente,
Cobria-a um murmúrio cinzento,
Abafado por um letárgico desalento,
De consentido e meigo sopro clemente,
Último influxo de cera esvaído num momento,
Derretendo na tristeza de um regresso comovente,
Acariciado pela suave brisa que a pousou levemente,
Sobre uma folha de Outono levada pelo vento!...
Fecha-se a saída à folha onde o corpo jaz,
Entrada fechada às lágrimas em seu redor,
Deixando que pranteadas chaves de Amor,
Reclamem lembranças de um sorriso fugaz,
Entre os portões abertos em alvores de Paz,
Recordações felizes libertadas daquela dor!...
Uma folha de Outono levada pelo vento,
Afagando carinhosamente as faces primaveris do rubor,
Oferece uma nova Alma que voa nas asas do alento!...
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