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domingo, 6 de novembro de 2011

...do Olhar

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...Entre os pingos das nuvens felizes por chorar,
Brilhavam lágrimas que riam de velhos caudais,
As cores do arco-íris nunca eram belas de mais,
Eram todas as lágrimas espelho do Sol a brilhar,
Beleza que impelia os rios ao encontro do mar,
Talvez lágrima, talvez um pingo furtado ao olhar,
Quem sabe, um barco avistado lá longe do cais,
Ou anil raiado nos olhos cansados de navegar!...

No olhar nostálgico de vidradas janelas,
Bátegas embaciadas revelam olhos de limpidez,
Um corpo frágil forma-se de feminina timidez,
Da Alma vislumbram-se Almas de mil cautelas,
Vidros finíssimos acariciados por frágeis lamelas,
Dançam entre a transparência de tímida nudez!...

Entre lâminas transparentes que cortam ao ver,
Espelhos d’água serão testemunhos das quedas,
Da espuma às lágrimas que não quiseram ser!...

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