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À força…
Fizeram de ti, terra sem identidade,
Impôs-se o impulso casual e urgente,
Tinhas de ser cravo para a posteridade,
Sem que pedisses para o ser,
Viram em ti proibidos desejos e toda a
Liberdade,
Foste Esperança à força nas mãos de tanta gente,
Vergaram tuas hastes numa fartura
aparente,
Para criar mais raízes fortes de
fertilidade,
Fértil, fértil, foi a ilusão da semente,
Foste renovo para esquecer,
E antes que o pudesses perceber,
Passaste a ser cravo de orgulho ausente!..
No lugar de cravos floridos de orgulho viçoso,
Movem-se gritos tontos a caminho da fome,
Tontos militares cheiram o seu cravo
famoso,
Um cheiro de vergonha liberta-se,
silencioso,
Os
cravos sem culpa são do Povo sem nome!...
Já não somos Portugal,
Já não somos Portugal,
Não sabemos que terra defender,
Sentimos este traidor desapego nacional,
Elegemos quem nos comeu, come e continua a comer!...
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