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Hiatos de tempo hesitantes,
Abandonados no passado à pressa,
Duernos
de sépias folhas sussurrantes,
Impressas por embranquecidos sibilantes,
Escrevem-se histórias no interior da
promessa,
O passado lembra-se do futuro e o
atravessa,
Há
vozes que brincam aos risos dissonantes,
E cabeças carecas,
Muito quietas,
Descoloridas por abandonos sufocantes,
Permanecem na memória do tempo,
À espera da memória dos poetas;
A vida hesita por um momento,
Volta o olhar num lamento,
Último
adeus às bonecas!..
Separam-se duas folhas com cuidado,
Quatro páginas escritas que o vazio
protegem,
Reescreve-se uma folha em branco do passado!...
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