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quarta-feira, 26 de março de 2014

Duernos de Infância


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Hiatos de tempo hesitantes,
Abandonados no passado à pressa,
 Duernos de sépias folhas sussurrantes,
Impressas por embranquecidos sibilantes,
Escrevem-se histórias no interior da promessa,
O passado lembra-se do futuro e o atravessa,
 Há vozes que brincam aos risos dissonantes,
E cabeças carecas,
Muito quietas,
Descoloridas por abandonos sufocantes,
Permanecem na memória do tempo,
À espera da memória dos poetas;
A vida hesita por um momento,
Volta o olhar num lamento,
   Último adeus às bonecas!..

Separam-se duas folhas com cuidado,
Quatro páginas escritas que o vazio protegem,
      Reescreve-se uma folha em branco do passado!...  
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