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E antes que eu morra,
Florirei mais uma vez,
Talvez ainda te ocorra,
Entre laivos de timidez,
A salvação!...
Mas, não…
Mas, não…
Do viço à palidez,
Vai mirrando o coração,
Esvanece sua robustez,
Tanta beleza em vão!...
O tempo das flores doentes é escasso,
Tão escasso quanto o delicado florido das
mimosas,
E do movimento suave de suas flores
graciosas;
Hoje é o quarto dia de Março,
Para as raízes do tempo sobra muito
espaço,
Tempo que falta à suavidade das flores
silenciosas,
Que morrem sem sentir o calor terno de um abraço!...
O amarelo é de um verde suave,
De uma estranha suavidade forte,
Como o voo inocente da inocente ave,
Que trás consigo a mensagem da morte!...
Voltou a neve e a beleza da brancura,
Ainda trás consigo o manto frio do
Inverno,
Morrem as flores mimosas em fria
amargura,
Mas não trouxe a esperança do milagre da
cura,
Com as flores das mimosas, se vão do seu inferno!...
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