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sábado, 4 de março de 2017

Mimosas de Março ( Flores Tardias 2 )


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E antes que eu morra,
Florirei mais uma vez,
Talvez ainda te ocorra,
Entre laivos de timidez,
A salvação!...
Mas, não…
Do viço à palidez,
Vai mirrando o coração,
Esvanece sua robustez,
    Tanta beleza em vão!...

O tempo das flores doentes é escasso,
Tão escasso quanto o delicado florido das mimosas,
E do movimento suave de suas flores graciosas;
Hoje é o quarto dia de Março,
Para as raízes do tempo sobra muito espaço,
Tempo que falta à suavidade das flores silenciosas,
     Que morrem sem sentir o calor terno de um abraço!...

O amarelo é de um verde suave,
De uma estranha suavidade forte,
Como o voo inocente da inocente ave,
    Que trás consigo a mensagem da morte!...

Voltou a neve e a beleza da brancura,
Ainda trás consigo o manto frio do Inverno,
Morrem as flores mimosas em fria amargura,
Mas não trouxe a esperança do milagre da cura,
    Com as flores das mimosas, se vão do seu inferno!...
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