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Nunca as mimosas sobreviveram tanto,
Revelam-se, dia após dia, mais viçosas,
Vivas, aos olhos dos vivos, por enquanto,
Vivas, aos olhos dos vivos, por enquanto,
Sempre verdes as duradouras mimosas!...
Crescem as flores vivas dentro do corpo,
Dentro do corpo espalham-se as raízes,
Florescem flores no jardim quase morto,
Fora do Jardim, brincam crianças felizes!...
A flor já é maior do que o cuidado
jardim,
Há flores tuas que estão dentro de mim,
Há flores tuas que estão dentro de mim,
Raízes sacrificaram a beleza dos amores;
Todas as flores vão florescendo até ao
fim,
Fora de si, florescem jardins dos
horrores,
E floresce o adeus: -Adeus meus Amores!...
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Prezado poeta amigo A. Pina pela primeira vez vejo um soneto seu e como sempre a qualidade superior da sua poesia emerge de forma concludente. Simplesmente maravilhoso. Gostei imenso. Abraço.
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