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Muitas mulheres honradas,
Que sempre desejaram ser putas,
Morreram de desejo, coitadas,
Com as saias muito curtas!...
Nunca desejaram ser fodidas,
Nunca desejaram ser fodidas,
E não sabem se alguém as fodeu,
Foderam a honra de muitas vidas,
E o homem que filhos lhes deu!...
Anoitecem putas sem o saber,
Dentro delas, amanhecem por fora,
Sem nunca chegarem a amanhecer;
São, de todos os dias, a aurora,
Putas como sempre quiseram ser,
As amanhecidas putas, d’agora!...
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