terça-feira, 13 de março de 2012

Vulcão...

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A uma distância discreta da flama viva do teu olhar,
Ateio meus olhos em fogo atrás do fogo que te consome,
Vejo arder de desejo incógnitas brasas no teu corpo sem nome,
Lábios incontidos mordem-se na insaciável vontade de te beijar,
Quando pressentes a língua que sente tua língua de fogo queimar,
Abandonas-te à lenta lava incandescente que o teu desejo come,
E saboreias a chama dos momentos que incendeiam tua fome,
    Até à erupção que por extasiados momentos te vai saciar!...

Ardes com prazer intenso nesse fogo interno,
Quando te vais do medo de tuas asas inflamar,
    E te vens com o calor das asas do inferno!...
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2 comentários:

  1. Muitos escreveram sobre o prazer. Muitos até conseguiram expressá-lo. Mas muito poucos conseguiram descrevê-lo deixando no leitor o desejo de se entregar como o poema “Vulcão...”, em chamas, se entrega à poesia que acende o fogo da paixão e clama pela saciedade.

    E tudo isso, à distância que se localiza entre um desejo e outro.

    Arrumando versos e combinando-os à sensualidade, d’Alma faz deles o que quer, e assim como este poema, o que fica é a potência da poesia que reverbera.

    Cumprimentos.


    ¬

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  2. Para novamente poder arder...nesse vulcão que é o seu ser...

    Bjs,
    Carli

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