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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Estranha.Poetisa

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Estranha poetisa desinspirada,
Estranheza de pontos severos,
Senhora da palavra ressumada,
Entre as palavras seca e coada,
Prosaica seguidora,
Prosa de salteadora,
Estranhos seus olhares austeros,
Afixados com desabafos sinceros,
Sobre a desinspiração consumada,
   De velha senhora!..

Poetisa e estranha,
A poetisa e a poesia,
Que dela se assanha,
E só nela se entranha,
A sua estranha ironia,
De ser prosa tamanha,
    Em ressessa agonia!...

Há estranhas moscas a voar das linhas,
Pautadas em velhas carnes desusadas,
Voam inclusas nas consciências pesadas,
Inconscientes do sol que as fez rainhas,
E fez poetisas de palavras consagradas,
Poesia protectora,
Caem as linhas e as moscas sozinhas,
Caídas, choram suas asas queimadas,
    Asas de velha senhora!...

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