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Nossa dormideira é doce minha e doce,
Deveras assolapada nesta caídeza por ti,
Esta abestalhada sintura ainda que fosse,
Fosse ela por ti e é em vistança do que vi,
Sentidão afundada em fanicos dados de si,
O amoranço sem tino que em mim pôs-se,
E põe-se na gozadura que nasce e que ri!...
Derreto-me aburricado e me alambuzo,
Pensadote na beijocada de tua linguaroca,
Meu cobrão cata-se em olhos na tua toca,
Enterradão no calo da manápula em abuso,
E amaluco-me pensadoiro na tua mamoca,
Alongo a língua ao melado dessa tua beijoca
E eu madoido em amoranço e desaparafuso!...
Arremeteste-me toda nua para esta
doideira,
Abriste-me com tuas pernonas
escancaradas,
Arrebentou no meu tesudão uma comicheira,
Abusadonas as tuas mamalhonas descaradas,
Foram-se lentas e doidas e nunca apalpadas!...
Acoitado que estava nas belgas da cumeeira,
Contava os caibros e vaginolas às
punhetadas,
E buliam as manhosas nalgas estremunhadas,
Que á noiteca das tardes já cheia de
canseira,
É ordenança obrigadona de ordens
altivadas,
E ai se não fossem amoranço, eram odieiras!...
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