.
.
.
Há um cerco apertado a Portugal,
Em pescas de cerco dos tubarões,
Afogam-nos numa dívida colossal,
Amargamos o mar salgado e o sal,
Dos pescadores iguais a mexilhões,
Vendidos aos polvos, seus patrões,
Enlatados em subsídios de quintal!...
Ajoelha-se o coração do pescador,
Perante o ómega-3 da sua rainha,
Jamais se atrevera pescá-la à linha,
Dedica-lhe todo o respeito e amor,
Pela boa maré do mar, seu senhor,
Grato a Deus que vele sua vizinha,
Reza por ela à espera de seu sabor!...
As lágrimas desaguam em alto mar,
Resta o sal dessas marcas salgadas,
Em cada olhar há lágrimas pescadas,
Barcos em terra dispostos a navegar,
Afundaram-se entre redes enterradas!...
Bem gorda e tesa como um carapau,
Desfila na voz de uma linda mocinha,
Faz-se o oceano na boca, pela rainha,
Cede e desce do trono o rei bacalhau,
É
junho que chega e reina a sardinha!...
.
.
.