.
.
As asas de donzelinhas reminiscentes,
Vagavam entre o carinho atirado às
malvas,
Cândido, aquele jovem corpo em terras
calvas,
Abandonado junto de todas as flores
ausentes,
Recobrou a vida na candura dos inocentes,
Com todas as flores que foram salvas!...
Descorçoadas as fimícolas inolentes,
Escondem-se de feitiços que as afligem,
Ao procurarem-se nos cheiros repelentes,
Apodrecem mudas em silêncios plangentes;
Em silêncio ergue-se do estupro, a
virgem,
No olhar trás o veneno de uma serpente,
Na virgindade imaculada trás a vertigem!...
Jardins brancos de uma só branca flor,
Cobrem a culpa de um forte corpo
apodrecido,
Desse peito onde um coração teria
implodido,
Outras flores maiores olham pelo seu
amor,
Sobre a sorte de mais uma flor ter nascido!...
No mistério de um jardim indefinido,
O céu azul cuida das vergônteas com
primor,
Talvez Deus floresça de uma cândida luz
interior,
E alguém que não O sinta em si
florescido,
Só veja fimícolas à volta de sua dor!...
.
.
.