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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Fimícolas


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As asas de donzelinhas reminiscentes,
Vagavam entre o carinho atirado às malvas,
Cândido, aquele jovem corpo em terras calvas,
Abandonado junto de todas as flores ausentes,
Recobrou a vida na candura dos inocentes,
    Com todas as flores que foram salvas!...

Descorçoadas as fimícolas inolentes,
Escondem-se de feitiços que as afligem,
Ao procurarem-se nos cheiros repelentes,
Apodrecem mudas em silêncios plangentes;
Em silêncio ergue-se do estupro, a virgem,
No olhar trás o veneno de uma serpente,
      Na virgindade imaculada trás a vertigem!...

Jardins brancos de uma só branca flor,
Cobrem a culpa de um forte corpo apodrecido,
Desse peito onde um coração teria implodido,
Outras flores maiores olham pelo seu amor,
     Sobre a sorte de mais uma flor ter nascido!...

No mistério de um jardim indefinido,
O céu azul cuida das vergônteas com primor,
Talvez Deus floresça de uma cândida luz interior,
E alguém que não O sinta em si florescido,
Só veja fimícolas à volta de sua dor!...


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