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Desafiava a palavra mais forte,
Encarava-a de frente,
E, de repente,
Num golpe de fino recorte,
Sem perder o porte,
Desferia um golpe certeiro na língua da
serpente,
Cortando-lhe o verbal veneno da bifurcada
sorte,
Para que a crua verdade ficasse bem assente,
No traje da vida e na nudez da morte!...
Assim viveu,
Sem medo das palavras ditas,
Sem medo do que sempre foi seu,
A vida das suas palavras escritas,
Palavras vivas com que morreu!...
Palavras vivas com que morreu!...
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