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Aí vêm eles a rebentar de cobiça,
Os chulos!...
Aí vêm os arautos da liberdade e da sua
justiça,
Noutros tempos vinham à liça,
Aos pulos!...
Os chulos!...
-Vamos à luta,
Instigavam protegidos no exílio dos casulos,
Partindo da inconfessada premissa,
De criar uma Pátria submissa…
E prostituta,
Servindo-se do trabalho de quem labuta,
Para cobrirem de ouro toda a sua
preguiça,
Escondida nas costas de uma coragem
postiça,
E fazer de cada Português um filho da puta!...
Vamos contar os chulos que restam,
Olhar a podridão dos cravos bem de
frente,
E se algum tiver o verde sorriso de ficar
contente,
Vamos mostrar-lhes o vermelho dos que se
prestam,
A esmaga-los com a brutalidade de um povo
tão ciente,
Quanto impaciente,
Porque do sangue, das lágrima e do suor,
Restou apenas o pior,
De cada filho de boa gente,
Que sempre deram o seu melhor,
E que pelos seus se ressente!...
Aí vêm os verdadeiros filhos da
prostituída,
Filhos de uma Nação que não é nossa Mãe,
Nem quiseram ser nossos irmãos também,
Nem pais daqueles que por eles dão a
vida,
Esses violadores da própria pátria
possuída,
Que desonraram sem vergonha de ninguém!...
Aí vêm os chulos floridos e os outros
cravos,
Esses que nos olham com disfarçado desdém,
Aí
vêm os que nos venderam como escravos,
Cravos portugueses maltratados por alguém!...
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Aí vem o que resta,
De um País desgovernado,
Por gentalha que não presta!...
De fininho…
Com medo do povinho…
Aí vêm os chulos,
Eleitos pelos votos mais nulos!...
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Atrás deles,
Vêm os Doutores falhados,
Mais políticos e outros renegados,
Vêm sacrifícios oferecidos por
altruístas,
Sacerdotes, carpideiras e outros
hipócritas artistas,
Ainda mais atrás vem o mecanismo dos
aparelhos apoiados,
Desviem-se dos comentadores políticos e
outros vendidos comprados,
Abram alas à passagem dos candidatos à
mentira do século e a outros malabaristas,
Não sujem o tapete da Liberdade feito de
cravos espezinhados,
Saúdem os geniais asnos e outros
economistas,
Calem de uma vez por todas os fadistas,
Essas vozes de sentimentos fingidos,
Na voz dos políticos escondidos!...
Aí vêm eles…
Em descarados artigos,
Já ilegíveis de tão corrompidos,
Serão a globalização dos novos
fascistas?!...
Fascismo já globalizado por distintos
jornalistas,
A convergir para o mesmo sistema
sustentado de opinião?!...
Aí vêm eles…
Com o credo numa mão,
E na outra a traição,
Dos
pecados,
Pedem-te para que não desistas,
De ser mais um dos muitos explorados,
Implorando-te para que não insistas,
Em ser mais um dos revoltados!...
E é quando tu te revoltas,
Que eles, os que aí vêm, ficam fulos,
Porque sabem que quando tu te soltas,
Dá-lhe a maldita sorte tantas
reviravoltas,
À volta do azar de terem sido uns chulos!...
Olha!...
Aí vêm eles de semblante bem feito,
Trazem a terra de jardins atraiçoados,
Inocência dos cravos envergonhados,
Tristes e murchos a chorar no peito!...
Mas…
Não deixem de olhar a posta-restante,
Porque os covardes não vêm comemorar o
festim,
Durante trinta e tal anos andaram a dizer
que sim,
Encheram-se com a melhor carne e não
obstante,
Ainda tiveram o desplante,
De desprezar o patriótico cravo do seu Jardim!!!!!!...
Os covardes sempre foram assim,
E retornam agora aos casulos do fascismo,
Seu lugar comum de parasitas do oportunismo!...
Olhem agora!...
Onde estão aqueles que não vêm?!...
Aí vêm eles escondidos pelo lado de fora,
Misturados com o julgamento chegado da hora,
Vejam bem os covardes que coragem já não têm,
Misturados com o Povo onde a vida feliz já não mora!...
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Pois é!...
Quando a coragem já não lhes cabe no
odre,
Revelam-se odres políticos cheios de
medo,
Fogem como fedelhos já fartos do
brinquedo,
Neste Portugal envelhecido mas jamais
podre,
Reincidem os desertores apontados a dedo!...
Olhem
bem para esses traidores!...
Como já não precisam de auxílio,
Escondem-se como ratos no exílio,
Criações da hipocrisia dos criadores,
Espelhados no plano de todas cores,
Beneplácito refletido nos concílios!...
Olhem melhor,
Vejam a bênção dos clérigos!...
Confesso não saber o que é pior!...
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