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Lembras-te?!...
Entramos há momentos no Santuário,
Extravasavam os medos do nosso medo,
Extravasavam os medos do nosso medo,
Teus verdes anos amadurecidos muito cedo,
Amadureceram meu velho espírito
temerário,
Foi, dos dez meses de namoro, esse o
corolário,
Com um sorriso de Deus, e já de Aliança
no dedo,
Continuamos casados de fresco neste aniversário!...
Nem todos os espinhos foram exclusivo das
rosas,
Juntos em nosso jardim cuidamos de nossas
flores,
Partilhamos probatórios espinhos e
algumas dores,
E as verdes urtigas ensinaram-nos lições preciosas...
Lembras-te?!...
Delicadas, em tuas mãos merecedoras de
louvores,
Assim como a delicadeza das flores mais
poderosas,
Luz
que do frasco dos anos eflui fazendo luminosas…
As floridas recordações de nós, felizes
sonhadores,
E a memória dos nossos prazeres sempre ansiosos!...
Mas, agora…
Lembramo-nos que nada mudou,
Lembramo-nos que nada mudou,
Continuas a dar-me tanto prazer quanto
dantes,
Assim quanto é o Amor que com o mesmo
prazer te dou,
Sem deixares de ser a Mulher que és e eu
o Homem que sou,
Somos Amor e sexo com amor, Esposa e Marido, dois amantes,
Anos de ouro, com muita prata que o tempo não nos roubou,
Anos de ouro, com muita prata que o tempo não nos roubou,
Resistência natural que faz de nós
Humanos di.Amantes!...
O Futuro?!...
O Futuro?!...
A Deus pertence,
E ao coração mais puro,
E ao coração mais puro,
Assim se lembre quem o pense!...
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E o Poema de Amor, como um tributo às Bodas de Prata, interessa à grande Arte como exemplo, ou interveniência no homem, no mundo e na Vida. Numa era tão propícia à inversão de valores, marcada pela solidão, dolorosas separações e por famílias fragmentadas, a Poesia d’Alma contraria os obstáculos da sensibilidade e se faz presente para celebrar a união e a vitória do Amor.
ResponderEliminarEmbora similar à temática de outros Poemas, “Di.Amantes e a Prata” destaca-se pela inventiva habilidade de transformar o adverso em benefício [“Nem todos os espinhos foram exclusivo das rosas,”], a manutenção do amor em diferentes épocas, é uma Arte, muito bem representada pelas propriedades dos elementos ‘Diamante e Prata’.
E porque duplo, plural. Porque Amor recíproco. Porque sincero, iluminado. Porque puro, inocente. Porque fiel. Porque Celebração. Porque Poema. E Poesia.
Parabéns, António Pina e Carla!
Belos os namoros
ResponderEliminarno equilíbrio das assimetrias