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domingo, 1 de junho de 2014

As Cruzes no Abutre


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Desprezo e dó,
Político e abutre de carreira,
No olhar habitual da sua cegueira,
Amassa-se na lama e faz-se pão de pó,
Rodeia-se de mais abutres e nunca está só,
Ondula ao vento com as cores de uma bandeira,
     Dá dura terra a comer e vende-se como pão-de-ló!...

De toda a terra já comida e de muito do mar sugado,
Chegada que foi a vez, do corpo dar sua carne a comer,
Exigiu-se todo o açúcar do sangue e muito suor salgado,
Esse abutre, ao doce sabor do povo sempre habituado,
Estranhou a liberdade de consumo incapaz de se deter,
Apelou a mil diligências e todos os formulários de poder,
Voaram papéis da ordem do seu papel e foi desprezado,
    As cruzes derrotadas viram os quadrados vazios vencer!...

Um abutre comeu menos e outros abutres comeram mais,
Todos os abutres comeram da mesma carne mais popular,
O abutre que menos comeu vê um abutre a quem culpar,
Disfarça-se de pardal e nega os secretários gerais,
Esperam mais carne do povo, os pardais;
Já não se abstém o povo de ver os abutres pairar,
Votam no desprezo em urnas consensuais,
Nulos e brancos são abutres a debicar,
 As cruzes de nulidades mentais!...    
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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Pé do Filiado Político

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Abeirou-se da inocência,
E da Criança,
Elogiou-lhe os cabelos e a trança,
Afastou-se da consciência,
   Afagou-lhe a desconfiança!...

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A Democracia está internada em estado crítico,
Há vestígios profundos de abusos de confiança,
    Dissimula-se a pegada ao pé do filia.do político!...
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terça-feira, 5 de março de 2013

Nabos.3 (Nabo que é nabo...)

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Os nabos são muito estimados,
São raízes lisas que votam de cruz,
Basta muita água para serem cultivados,
Já redondinhos são muito apreciados,
Por quem lhes promete muita luz,
Há quem goste deles bem crus,
Mas gostam de ser cozidos,
Cortados,
Fervidos,
Esmagados…
 Por quem os vai comer,
Depois de muito os cozer;
Sempre nabos agradecidos,
Muito fáceis de convencer,
  Sempre desiludidos…
Os nabos,
    Que são nabos!...
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