.
.
.
Via com admiração,
O fim e sua continuação,
Talvez contínuas desobediências,
À natureza das cores das hortênsias,
O princípio do caos e de toda a ilusão,
Sem Deus com as suas preferências,
Pelo limite da contínua criação,
Entregue às reticências,
Das flores ou não!...
Desde então
O amor não mudou,
O amor não mudou,
E se eco algum entoou,
Talvez o eco da cega religião,
Ou o apelo da natureza e razão,
Que também Deus quis e continuou,
Ponto por ponto no coração,
De
cada ponto que ficou,
Fossem flores ou não!...
Três incertos pontos certeiros,
Sem fim e contínuo quebranto,
Pontos sagrados de crendeiros,
Uns, até certo ponto carneiros,
Outros, flores reais, nem tanto,
Flores sem cheiro nem espanto,
Até certo ponto, algo certeiros,
Esperança sem fim por encanto,
Incertos, é certo, e verdadeiros!...
Muito perto de nós, perto do fim,
No fim de cada ponto nos pomos,
Pontos tão certos ou assim, assim…
E
continuamos a ser o que somos,
O ponto final de onde nos fomos,
Reticências em flor, nosso jardim!...
.
.
.