.
.
Devolves-te à satisfação plena do teu
anelo,
Induzida às débeis linhas do teu
argumento,
Escrito consumo feito de consumível
apelo,
Na rasura inapelável do teu excesso de
zelo,
Dado à errada página que por um momento,
Se
rasga na última fração gozada no tempo!...
Há imensos desejos nos dias por cumprir,
Último dia que muito de tudo te oferece,
Há a derradeira noite de desejos a
atingir,
Prazeres finais que teu todo enlouquece,
Há o teu desejo final que não se esquece,
De no teu último dia, dias seguintes
influir!...
Gozaste cada segundo e logo de seguida,
Teu último dia foi apagado com requinte,
Vislumbraste abraços em tua despedida,
O adeus ao futuro de tua lágrima esvaída,
Carícia mágica escondida do dia seguinte!...
Lembras-te dos teus orgasmos atingidos,
No clímax do teu desejo mais
insatisfeito?...
E dos dias seguintes aos dias
conseguidos,
Seguidos dias por outros dias perseguidos,
Esperança
que Deus te escreveu no peito?!...
*
Viveu o último dia como se não houvesse
mais nenhum,
Apostou tudo na subversiva descrença do
depois,
Entre linhas aspiradas ficou-se pelo dia
um,
Talvez não houvesse mais dia algum,
Nem
pensamentos no dia dois!...
.
.
.