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Sem
a vergonha e vergonhosos!...
Manipulam-se, são manipulados,
Presos entre fios de criminosos;
Já sem a vergonha, os encavados!...
Baixam as suas calças, silenciosos,
Ainda
antes de bolsos esvaziados,
É novo desenho em novo mapa!...
Uma fábrica plena de fantoches,
Desarticulam Portugal à socapa,
Presos
por fios, fazem broches,
Portugal é a verdadeira saudade!...
Apaga-se o desenho da memória,
Vão-se os velhos fica a mocidade,
Vai-se
o orgulho, vai-se a história,
São fios que manipulam a glória!...
Destroços caídos em memorial,
Manietados com fios de victória!...
Os fios que estrangulam Portugal,
Seguram este Portugal por um fio,
Fia-se nos fios esse povo sombrio,
Está por um fio a perda da moral!...
Todos fantoches e pejados de cio,
Tudo violações e numa orgia total,
Os fios se movem em modo fatal,
Movimentos sem alma nem brio!...
Os fantoches são para exportar,
Os fios são de importação imposta,
E é o fantoche que os têm de pagar;
Ficam as perguntas sem resposta,
Á
resposta não há que perguntar,
Não há perguntas e o povo gosta!...
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