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Não faltaram uma e outra cana,
Nem outras canas verdes e fustigadas,
Com que se deitaram no leito de sua cama,
Cobriram-se com uma brisa mundana,
Que serpenteou entre vergastadas,
Das finas canas desconsoladas,
Pela esperança soberana,
E pela rama cortadas!...
Escondidas sobre a terra e dobradas pela castigada cerviz,
Ostentada
foi a linda rama beijada por brisas inevitáveis,
E cavando o fundo esquecido do desenterro da
raiz,
Esmorece alguma árvore profundamente infeliz,
Vendo os umbráticos frutos pouco saudáveis,
Só existirem em seus delírios inegáveis,
Desenterrados em cada cicatriz!...
Deitou-se num sussurro de brisa cortante,
Esperou entre a poesia dos seus canaviais,
Talvez viesse a folha que cortasse seus
ais,
A brisa trazia desejos da memória
distante,
Sentiu as raízes do seu ser por um instante,
E sentiu que sensação assim já era demais;
Demais, era o beijo arrepiante,
Das canas nas brisas matinais,
Transformadas em vendavais,
E beijos cortados pelo vento!...
Acordaram as canas por um momento,
Por um fresco momento recordaram-se
virginais,
Como canaviais oferecidos à brisa e levados pelo tempo!...
Como canaviais oferecidos à brisa e levados pelo tempo!...
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