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Vertiginosos vínculos pendulares,
Em baloiço de vaivém sem regresso,
São impróprios movimentos angulares,
Em redor de centros comuns que atraem,
Fixam-se à velocidade constante do
processo,
E outros movimentos mais ou menos
circulares,
Cercando fontes de ilusão em embalado progresso,
Sempre contínuos, indeterminados e sem
retrocesso,
Cálculo aproximado do queimor das
vertigem singulares,
Que por elas só, tontas de prazer, sobre
elas mesmas caem,
Afastando-se do próprio corpo e do eixo à
mesma velocidade;
Talvez seja um vínculo circular a
circular por fora da verdade,
Cercando a verdade ou verdadeiro prazer
no movimento,
Capaz de circunscrever a energia de cada
momento,
Com o desperdício do limite em queda da
vaidade,
Queda livre num vertiginoso espaço de
tempo,
De onde os pensamentos mais loucos saem,
Sem sair de suas espirais de pensamento!...
É costumeiro o voltar de costas,
E voltar a acreditar que elas se vão
voltar,
Isócronas voltas que avançam para recuar,
Recuam escondidas à procura de respostas,
Encontram-nas no recuo que as faz avançar,
Por aí andam ao redor as voltas sobrepostas,
À volta de enlouquecidas ideias expostas,
Presas a pêndulos de vontade circular!...
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