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Vão
é o direito de votar,
No
vão vive o povo anulado,
Vão
foi o cego desejo popular,
Em vão foi o direito conquistado!...
Um
só ditador de uma ditadura,
Leis
veladas de vários ditadores,
Reage
um povo com brandura,
Ao potentado dos senhores!...
Por
cultos, no lado de fora do curral,
O
direito de induzir ao culto, o gado,
É
a muito culta vilanagem, em geral,
Que
celebra o direito, do outro lado;
É
vã cultura do vão povo enfartado,
Que
olha a vã liberdade na diagonal,
Do
seu vão futuro pouco importado,
Farta
vilanagem de vão olhar frontal!...
É
o fartar da vilanagem,
Vilanagem
que nunca se farta,
Do
direito à sua egoísta vantagem,
Sobre o povo, a quem raios o parta!...
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