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Como uma cicatriz de amor jurada no veio
das lacunas,
Essa jura omnipresente de um amor, por
amor embargado,
Silêncio consentido das marcas de um
segredo amargurado,
Que na silenciosa sombra rasgava a débil
mágoa fendida,
Cicatrizando a dor que, por amor, era de
si escondida,
Na aparente solidão escondida ao mesmo amor castigado!...
Não podendo mostrar todo o amor que pelo
sol sentia,
Mostrava-se vazia de luz nos dias onde o
sol o escondia,
Despida de sua sombra rebelde que a
tristeza costurou,
Com agulhas tristes do coração que,
enternecido, cerzia,
Incandescendo silêncios que o destino na
alma ponteou,
Picotando o anelar sem dedal que,
desprotegido, sangrou,
Trespassado pela agulha distante que o
sangue expungia,
Escorrendo-o sobre a tesoura que a sua
felicidade cortou!...
Sabendo mostrar o segredo que, por amor,
sentia,
Resguardando-se numa reserva de paz
melancólica,
Comemorava cada momento com felicidade
simbólica,
Não deixando que amor mentido, soubesse
que mentia,
Ao revelar o amor de gradadas noites,
pela luz do seu dia,
Luz celestial possuída pelo desejo de uma
paixão diabólica!...
No desencontro das horas pirogravava
breves momentos,
Queimando a carne com instantes de
tórridos sentimentos,
Delineando contornos na injustiça de
incendiadas lacunas,
Cinzas de omissões desfragmentadas em
vários elementos,
Separados entre si, à distância aprazível
de mãos oportunas,
Que, gravando cornucópias triunfantes de
humanas fortunas,
Cicatrizam doces emendas distantes com
poéticos segmentos,
Incendiando de liberdade, a loucura de
secretos movimentos!...
Agulhas incandescentes flutuam sobre
oceanos de salvação,
Gravam águas salgadas com a fervura de um
amor impossível,
Salgando prazeres que emergem da profunda
distância sensível,
Pelas lágrimas que se afogam entre o sal
que queima de sedução,
Ateando o fogo que aceita, no frio
insensível do prazer em negação,
Desencontrado das horas onde a diferença
é igualdade incompatível!...
Porque a agulha que atravessa o coração é incandescente,
Porque a agulha que atravessa o coração é incandescente,
Ainda que a desigualdade pareça o frio de
uma luz mais visível,
Complementam-se nas semelhanças da verdade de quem mente!...
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