terça-feira, 16 de maio de 2017

Rios de Alegria sem Margens (nem água)

.
.
.

Somos tão ricos em simpatias,
Vendemos nossos sorrisos inebriantes,
Queremos ser os mais felizes todos os dias,
Partilhamos com alegria todas as nossas alegrias,
Mas quando nos vem ao pensamento, por instantes,
No quanto os sorrisos de amigos podem ser mais brilhantes,
Tudo é válido para parecermos as mais pobres alegorias,
Entristecemos,
E tudo fazemos,
Por nós, entre sorrisos e gargalhadas dissonantes,
Como se fôssemos as mais tristes mercadorias,
Á venda nas vaidades mais arrogantes,
De verdadeira alegria vazios!...
Assim vivemos,
Assim morremos,
Como se fôssemos rios,
Rios sem margens nem águas,
Onde caminhássemos menos sombrios,
     E, juntos, pudéssemos lavar nossas mágoas!...


Quero tanto, tanto que sejas feliz,
Que dances nos braços da felicidade,
Se a felicidade for, como quem diz,
    Eu… com toda a minha caridade;
Alegra-te e sente como sou a tua raiz,
     Sou a árvore e o fruto da tua amizade!...
.
.

.

   


2 comentários:

  1. Estive aqui. Li. Aprecio a sua escrita.
    abraços

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Este ano a cerejeira ofereceu-me meia dúzia de cerejas
      e eu fiquei a pensar
      será que mataram os melros?
      Se assim for fico triste

      Tentei responder ao poema

      Eliminar