segunda-feira, 13 de junho de 2011

Amor é... ( Poema I de III+I )

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Noite após noite,
Dia após dia,
Perdida por ti no seio de coisa nenhuma,
Noite após noite,
Sem dias após dias escondidos a levedar,
Noites após noites!...
Amor!...
Numa queda sem fim,
Até te encontrar,
Até esquecer-me de mim,
Não após não,
Sim após sim,
Apenas Amor,
Sem dor,
Apenas coração!...

Amor é viver,
Saber como o fazer,
Amor sou eu,
Este esbelto corpo que é meu,
É a força do querer,
À submissão do meu poder que pensas ser teu!...

Amor é Conquistar, trair, matar…
É o Ser!...
Amor é morrer!...
É desistir de mim, é… Amar!...
É sentir sem sentido,
Sacrificar teu mundo,
Esquecer um amigo!...

Amor é conquista a qualquer custo,
É o desprezo pelo Amor de quem Ama,
Por mais que te pareça injusto!...

Amor é..

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3 comentários:

  1. Amor é...

    Ter as pestanas molhadas
    A cara escorregadia
    e os olhos inchados
    de tanto chorar.
    E sentir este desajuste de mim
    que me faz tão mal.
    Correr
    Tropeçar
    Bater em todas as portas
    Percorrer todos os corredores
    Folhear a memória
    Consultar o coração
    E não saber onde estou.

    "Estracto do poema Lágrimas de Maria José Areal in À Deriva"

    Desculpe se não comentei o seu poema, mas não sei como fazê-lo.
    Espero vir a conhecê-lo melhor.

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  2. Há comentários que não chegam a sê-lo; “isto” que você deixou aqui foi um ovo de cuco!... Não sou muito dado a “pequeno rouxinol”, no entanto, por uma questão de cortesia, cuidarei desta sua “postura”, pela simples razão de não requerer um esforço para além da intenção que a moveu!...
    Há comentários estranhos e outros atrevidos e há os que não chegam a sê-lo!... Se achou que, por qualquer razão, devia publicitar um qualquer autor de um qualquer livro onde referências ao amor estivessem impressas, a opção não foi das que mais eu aprovaria, ainda assim, serei condescendente para com o seu vazio, publicando esta pequena prova de sua preguiça e timidez em falar sobre sua própria versão do Amor, ou falta dele!... Porque, afinal, tanto este 1º Poema (de 3+1), não fala de Amor, mas sim da falta de amor em algumas alminhas que por muitas vidas vão passando sem que dele se apercebam!...
    Quanto ao conhecer “melhor”, Krystald’Alma, seus Poemas são tudo que conhecerá, já que d’Alma é um espaço que se dá a conhecer a quem quer que seja, sem excepção!...
    Agradeço sua leitura e curiosidade, mas… acredite que não sou dessa “gente” que anda por aí a ler linhas em palmas de mão, nem estendo minhas palmas à sorte das cartas!...

    Abraço

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  3. Resultado, não apenas da inspiração e da criatividade, mas principalmente da elaboração, no foco das atenções, o amor tem seus conceitos pré definidos pela poesia d’Alma no poema “Amor é...’.

    Seguindo uma ordem cronológica, o tempo é o lugar para a consciência [“Noite após noite, / Dia após dia,”] e paralelo a ele, sua temporalidade. Não se trata de onde nasce o verso, nem de onde a rima se encontra com a sonoridade, mas do trajeto que existe entre uma estrofe e outra e na continuidade do poema, entre um e outro [‘Poema I de III + I”], no passado e no presente que se encontram para contar a história que está escrita no futuro.

    A definição abre espaço para o conhecimento [“Amor é viver, / Saber como o fazer,”]. Um passo e o abismo [“Amor é Conquistar, trair, matar… / É o Ser!...”] e a estranha sensação de que seguimos o lado oposto ao caminho que é d’Alma. As reticências passam corridas, sem tempo para parar e pensar buscamos o desfecho, a ideia contrária que reafirme o que foi dito, ou dito em suspense. Não há uma ponte. Nem uma bifurcação. Nenhum engano, nenhum contrário. Os versos confirmam: “Sacrificar teu mundo, / Esquecer um amigo!...”.

    Combinando técnica e poética [“Amor é conquista a qualquer custo,”], sem excesso ou falta, o sentimento que nos envolve e nos devolve a poesia perde-se na razão da etiqueta. Não foi d’Alma quem disse, nem o leitor. Mas a experiência de vida. Apostamos na ironia [“É o desprezo pelo Amor de quem Ama”] que não se resume às inversões de sentidos ou valores, mas que apontada às atitudes poéticas e dependentes da compreensão do leitor, alcançam um sentido, e em algum momento há de desfazer a impressão, ou má impressão, para o texto poético existir e se transformar num prazer [“Por mais que te pareça injusto!...”].

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