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Giz branco erudito,
Cinzel De escultura primitiva,
É emoção de cal viva,
Queimando corações de granito,
É fogo de singular perspectiva,
É o mito,
Princípio do infinito,
Fim sem alternativa,
Pedra definitiva,
Silêncio aflito,
Incrustado no grito!
Amor?!...
Sem chegar a tanto,
É mais do que tal,
É veneno nas veias,
É açúcar no sal,
Uma mosca a tecer teias,
Aranhas de pedra e amantes de cal!...
O verbo sonhador,
Das palavras erodidas,
Pelo frio das almas perdidas,
Perdidas de amor!...
E o Amor é…
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Como sempre um poema sublime...
ResponderEliminarO modo como descreves o amor e peculiar , mas envolto em beleza e e de uma maneira muito envolvente...
Gostei muito
Bjito da Gota
Um suspiro e um mergulho. A fim de aprofundar nossos conhecimentos e desfrutar plenamente de sua leitura, vivenciando como protagonistas a experiência poética, o poema “Amor é... (+ I de + III)...” usa as contrariedades para contar a história que é de amor descrevendo suas diVersidades.
ResponderEliminarO cenário é de pedra, aranha, um homem flechado pelo cupido e um anjo atingido, representando a morte da inocência, sob um fundo d’Alma circular [“É emoção de cal viva,”]. Dentro do uniVerso da escrita poética, as imagens confirmam: a sensibilidade estética é revolucionária. A poesia levita nos materiais mais distintos, [“Queimando corações de granito, / É fogo de singular perspectiva,”] e a ironia reafirma a linguagem romântica [“Princípio do infinito, / Fim sem alternativa,”] que vai ao encontro, para além da atitude criativa, à reformulação de conceitos nunca imaginados. Ou experimentados [“Silêncio aflito, / Incrustado no grito!”].
Entre o escultor e o escritor, há aquele que decide procurar por si mesmo, transitando entre os versos, as rimas e as estrofes, vai do eu aos outros [“Sem chegar a tanto,”] e convivendo serenamente com a aventura do fazer poético, assume os riscos que envolvem a procura que tanto pode ser confortante, quanto desconfortante. D’Alma ousa.
Interrogação, exclamação e reticências complementam a multiplicidade poética e combinando elementos díspares [“É veneno nas veias, / É açúcar no sal, / Uma mosca a tecer teias,”] unifica os contrários que se atraem [“Aranhas de pedra e amantes de cal!...”].
O sonho e a realidade. E o encontro. A palavra emerge do inconsciente [“O verbo sonhador,”], transcende o verso [“Das palavras erodidas, / Pelo frio das almas perdidas,”] e converte a imagem em realidade: “Perdidas de amor!...”.
Digno de mérito quanto à exploração temática, sendo sempre um recomeço, d’Alma personifica o amor utilizando-se do recurso gráfico da caixa alta [“E o Amor é…”] e salva o verbo, ou a poesia, do poema. Um convite a novas interpretações.
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ResponderEliminarAbrigo. Ou, pelo menos, deveria ser.