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terça-feira, 6 de agosto de 2013

Lençóis de Lama

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Lamacenta esta noite densa,
Empertigada a cama que me cobra,
-E me quebra-
Conto as voltas que voltam e a volta que me dobra,
Dobro-me até fechar-me em concha receptiva à tua presença,
Procuro-te na lama do teu desejo e em minha querença,
Teu corpo que se afasta beijando a lama que sobra,
Desliza até ao lodo repousado na indiferença,
-E lentamente se requebra-
Imiscui-se na lama que sua forma recobra,
Volta a ser lençol enlameado, nossa pertença!...

Repousa enlameada nossa Alma,
 Em enlameados lençóis de lama,
Uma voz enlameada que chama,
Adormece na madrugada calma,
     Com sonhos resvalados da cama!... 
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