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quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Fonte Eterna

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… e quando tua fonte secar,
Beberei toda a sede que deixares,
Serei a tua fonte de onde vai brotar,
Toda a nossa insaciável sede de amar,
E se, tão sedenta de mim, me amares,
Seremos a fonte de todos os lugares,
     Serás minha água e o meu saciar!...

Nada espero dos rios incansáveis,
Nada peço à fúria das águas doces,
Somos sal dos mares inalcançáveis,
E, fosses tu a água que não fosses,
    Seremos duas águas inseparáveis!...

E quando todas as fontes brotarem,
Serão teus doces lábios, todas as bicas,
Para meus lábios, teus lábios beijarem,
    Serás toda a água que em mim ficas!...

… e quando secar esta nossa fonte,
Nossa água fresca continuará a correr,
  Lembras-te de tua primeira água eu beber?...
Continuas fresca nascente no cimo do monte,
Flutuam nossos beijos de água sob a ponte,
     Onde nos debruçamos para a água nos ver!...
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