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Ainda o Amor não nasceu,
Cada vez mais o perseguem,
Como se o estivessem a seguir,
Seguem-no com paciência de santo,
Decidem deixá-lo viver, por enquanto,
E, na perseguida esperança de o ver cair,
Deixam que braços imperiais o peguem,
Braços de guerra onde o Amor morreu!...
As palavras oferecem esperança vã,
No vão da escada que sobe até ao céu da
Fé,
Sob o peso do ouro que se faz num pesado
talismã,
Desce a riqueza, à procura de mais riqueza
no amanhã,
Da sobrançaria da montanha, a vertigem não
deixa ver o sopé,
Uma criança é salva para salvar o Homem e, por ele, morrerá, até!...
E lá vamos tropeçando na perseguição
incessante da fútil prenda,
Queremos o ouro e o acesso à escada que ao
céu, na terra, nos leve,
Não é em vão que vivemos nesse vão, sob as escadas sem emenda,
Vãs, sãoas nossas dívidas à dúvida mais certa que nada nos deve!...
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