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terça-feira, 2 de julho de 2013

Sono Aninhado

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Quando o meu sono a persuadia,
Vinha o sono dela aninhar-se em meu sono,
E dormia!...
 Ainda ensonados,
Num abraço aninhados,
Aconchegadinhos na fantasia,
Do meu sono por ela persuadido,
Entre os beijos adormecido,
E carinho aconchegados,
Em plena harmonia,
O sono merecido,
Uma vez mais,
    Adormecia!...
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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Polissonografia

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Eléctrodos para lá do cérebro desperto,
Uma teia perfeita no princípio de terminais,
Ciência confidente de inconfidentes sinais,
Suspeita de um complexo futuro incerto,
Sem segredos e de certezas tão perto,
Na incerteza dos diagnósticos fatais!...

Quatro paredes de um branco frio,
Não tão frio no frio branco de uma cor sem cor,
Há no ar Almas orgulhosas conformadas com sua perda de brio,
Desoladas descolorações etéreas descrentes no sal com sabor,
Há uma cor fria que preenche o paladar com um doce vazio,
Pressentem-se correntes de sal a desaguar naquele rio,
Das quatro paredes brancas escorre um branco rigor,
Não tão branco quanto seria de supor!...

A cor tecnica dos olhos é de um verde esperançado,
O Branco é branco particular do aposento,
Já foi público de um público mais cinzento,
A cor de cada eléctrodo tem um fim determinado,
A cor dá cor à tradução de um significado,
Há um secar rápido do tempo,
Em cada terminal fixado,
E deito-me sonolento!...

As camas só dormem enquanto não as acordamos,
São como um colo materno que nos tem com ternura,
Quando se desliga a luz a escuridão é pijama da brancura,
Que nos veste o desejo de sono com que no dia sonhamos,
Cedo se descobre que no rosto da noite tardará a candura,
Essa mesma inocência que na nossa inocência desejamos,
Mas a cama range os dentes por cada volta que damos,
E sentimos nosso sono enredado numa teia de tortura,
Ao qual o sonho dá tréguas enquanto ressonamos,
Despertando os gráficos claros de nossa agrura,
Vigiados por olhos sonolentos de verdes anos!...


Depois de voltas sobre o ranger da cama,
Entre as voltas que me adormeciam a ideia,
A noite não foi palco de qualquer drama,
Nem os eléctrodos revelaram apnéia,
 E lá regresso com uma nova chama,
Vencida que foi mais uma odisseia!...

A meu lado continuarei a ouvir minha esposa dizer:
-Assim não pode ser!!!!!!!...
E adormeço...
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