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Ela sempre está,
Onde sempre estamos,
Sempre nos dá,
O que sempre lhe damos,
E quando sempre esperamos,
Que ela sempre se vá,
Pressentimo-la sempre por cá,
Sempre provando que nos enganamos,
Mas se sempre a pensamos,
Como ceifeira sempre má,
É sempre o pior do pior que há,
Ainda que sempre nos dê mais uns anos,
Nós sempre nos encarregamos,
De nunca esquecer a já gasta pá,
Com que sempre escavamos,
A cova onde sempre nos deitamos!...
Nem sempre nos ensinaram a viver,
Tudo que sempre aprendemos é morrer!...
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